4 de março de 2012

Povo Pankararu



Os povos indígenas emergentes são povos que num dado momento histórico pararam de se reconhecer como tal e que, a partir de um novo contexto histórico passaram a reafirmar essa identidade. O Nordeste abriga diversas comunidades indígenas. Caracterizados pelo fenômeno das emergências étnicas, os grupos indígenas na região vêm aumentando em número ao longo do século XX.
Segundo dados do IBGE - 2000, constata-se um total de 730 mil indígenas, sendo que 383.298 mil vivem em cidades, e 350 mil em áreas rurais.
A terra indígena Pankararu está localizada  entre os atuais municípios de  Jatobá, Petrolândia e Tacaratu, no sertão pernambucano, próximo ao rio São Francisco. Segundo Maurício Arruti (2008), não se sabe a origem precisa do aldeamento Pankararu. Há notícias que indígenas viviam selvagens no sertão de Pernambuco, sendo cristianizados no início do século XIX, por Frei Vital de Frescarolo, num lugar conhecido como Brejo dos Padres.
O toré legitima a identidade do índio Pankararu, configurando a expressão obrigatória da indianidade (Arruti, 1986). Os Pankararu se referem ao toré como "brincadeira de índio", podendo realizá-lo em festas religiosas ou profanas, dentro da aldeia ou em cidades, em locais reservados, como os terreiros, ou em locais públicos. Ensinar o toré significa "dar a semente" da aldeia, ensinar o caminho até os encantados.
O "praiá" é uma veste ou roupa, constituída de algumas peças: uma máscara ou "tunã" cobre todo o rosto e o corpo do dançador, feita da palha de caroá (croá); um saiote feito do mesmo material; uma coroa rodela de plumas, feita de penas de peru; um penacho feia de plumas que se encaixa num pequeno orifício no centro, em cima da máscara ou tunã; e uma cinta, um tecido colorido, normalmente tecido de chita estampado ou algum pano bordado com símbolo religioso. Ela é usada por um dançador, portando na mão direita o maracá. O dançador usa o praiá durante uma festa cerimonial, principalmente em homenagem a um feito milagroso, uma cura em geral.
Os encantados são entidades sagradas que habitam na natureza, são atributos de Deus, elas são entidades vivas, entendidas como ancestrais dos Pankararu que se encantaram, ou seja, passaram para o plano espiritual, porém sem passarem pela experiência da morte, portanto estão vivos no plano terrestre, habitando nas matas, na natureza, nas águas.
Os torés, enquanto músicas, são cânticos religiosos, onde se destacam Jesus, Deus, os encantados  e santos católicos. esse tipo de cânticos são geralmente cantados em português pelo cantador, como encerramento de um ritual, onde há participação coletiva.
Praticando a cultura em seus rituais, danças, cantos, os Pankararu louvam e agradecem a natureza pela sua beleza e sua riqueza diversa. E através das práticas dos rituais reafirmam sua identidade Pankararu.  
O povo Pankararu se orgulha de ser quem é, um ser intercultural, conhecer culturas diferentes sem perder sua originalidade.



Visitem estas páginas, para conhecer melhor o Povo Pankararu
http://www.indiosonline.net/a-musicalidade-e-cultural-do-povo-pankararu/

pib.socioambiental.org/pt/povo/pankararu/882


questoesindigenas.blogspot.com
www.ufpe.br/nepe/povosindigenas/pankararu.htm       

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