Projetos





ÁREA: HUMANAS

Justificativa: Levando em consideração a condição feminina e as formas de violência as quais as mulheres são submetidas numa cultura patriarcal e ideologicamente machista, este projeto parte do pressuposto de que a mulher tem sua importância não só como mãe e esposa neste modelo de sociedade, mas como parte integrante de todo processo econômico, político e social. A constante busca pela equidade de gêneros desafia o rompimento com valores sócio-culturais e religiosos que mantêm a negação do direito à liberdade, igualdade a vida e própria segurança. Neste contexto propomos uma semana de sensibilização na escola, com temáticas inerentes à discussão sobre os papeis de homens e mulheres construídos histórico e culturalmente.

Objetivo geral: Discutir a importância do conhecimento dos direitos da mulher como forma de transformação de valores e atitudes nas diversas áreas do conhecimento, ressaltando os aspectos histórico-culturais, geográficos e sociológico-filosóficos.

Objetivos específicos:
·         Debater a construção histórica de conceitos reproduzidos culturalmente quanto à desigualdade que as mulheres vêm sofrendo ao longo do tempo.
·         Promover um momento de discussão enfatizando o papel do gênero feminino na sociedade atual.
·         Apresentar dados estatísticos referentes ao IBGE 2010 sobre a situação das mulheres no estado de Pernambuco.
·         Analisar filosoficamente os impactos sócio-culturais em mulheres em situação de violência.
·         Mapear aspectos sociais que possam promover a equidade de gêneros.

Cronograma de atividades
Data
Atividade
Turmas envolvidas
06/03/13
Sensibilização da temática
1º (13:30); 2º (14:30); 3º (16:00)
07/03/13
Palestra
3º ano
08/03/13
Campanha de mobilização na comunidade
Todas

Avaliação: O processo avaliativo será conduzido pela observação do desempenho nas diversas atividades musicais, teatrais, produções de textos e participação na passeata de mobilização da comunidade.
Recursos didáticos:
·         Auditório
·         Caixa de som e microfone/ multimídia
·         Cartolinas
·         Faixas
·         Papel madeira
·         Carro de som



                  Jatobá, 01/03/13













Sem negros não há Pernambuco, e sem Angola não há negros. (Padre Antonio Vieira, em 1648)
PERIODO: De 19 a 23 de Novembro – Semana da Consciência Negra.

JUSTIFICATIVA: O Brasil é o país que por mais tempo e em maior quantidade recebeu escravos vindos da África. Como colônia de Portugal, fez parte do processo de escravização de negros africanos, prática já adotada nas colônias portuguesas implantadas na África.
A partir do século XV, Portugal se lança nas viagens marítimas comerciais para atender a uma política mercantilista baseada na exploração dos recursos naturais de terras “oficialmente” portuguesas, mediante o pacto colonial estabelecido durante o povoamento dessas terras. Algumas regiões da África, assim como no Brasil, fizeram parte da política colonialista implantada pelo governo português, facilitando assim o envio de negros escravos para o Brasil a partir do século XVI.
Durante o tráfico negreiro, vieram escravos de várias regiões da África, mas, segundo o  historiador especialista em História da África Philip Curtin, foi da Angola o maior número de escravos que abasteceu principalmente as capitanias do Rio de Janeiro, Pernambuco, Maranhão e Pará, entre os séculos XVII e XIX. Maurício de Nassau, com o interesse em abastecer o mercado pernambucano, consegue traçar uma rota entre o porto pernambucano e o maior mercado atlântico de cativos: Angola.
Nenhuma região manteve relações com Pernambuco do que o reino de Angola, situada quase em frente a Pernambuco, do outro lado do Atlântico, e que não foram só comercias, mas também históricas e culturais. André Vidal de Negreiros, herói da nossa guerra contra os holandeses, foi governador de Luanda. Eusébio de Queiroz, político influente e autor de legislação contra a escravidão foi um angolano que, a caminho das cortes de Lisboa, fez escala no Brasil e aqui permaneceu. Após a independência, a autonomia do Brasil foi o ideal de emancipação de Angola.
Considerando estas relações, claramente nos identificamos com Angola em diversos aspectos: a identidade cultural é muito grande, a troca cultural é muito maior do que imaginamos, nossos negros e índios hoje têm traços culturais e físicos produtos desta relação. O sistema lingüístico de Angola e Brasil são muito próximos, hoje falamos bantu sem saber. Não é interessante?
Mas o que conhecemos de Angola? Como se estabelecem as relações do Brasil com Angola hoje? Qual o sentimento de Pernambuco em relação a Angola? Como Pernambuco preserva as tradições culturais e religiosas vindas de Angola? Como os pernambucanos se reconhecem na sua afro-descendência?


COMPONENTES CURRICULARES: HISTÓRIA, SOCIOLOGIA, DIREITOS HUMANOS E FILOSOFIA

OBJETIVOS:
1.   Formar atitudes, posturas e valores que despertem o sentimento de pertencimento étnico-racial, descendentes de africanos.
2.   Identificar as referências territoriais da diáspora africana.
3.   Refletir sobre as ações públicas que promovam a inserção do negro na sociedade brasileira.
4.   Apresentar dados sobre a realidade social da população negra nos aspectos da educação, o acesso a bens e consumo, classes sociais, no estado de Pernambuco.
5.   Pesquisar sobre a importância das representações religiosas afro-brasileiras em Pernambuco e seus fundamentos filosóficos.

ATIVIDADES PROPOSTAS:                                                                                      
1.   MUSICALIDADE E AFRICANIDADE – DANÇAS E MÚSICAS, num contexto mais lúdico da semana da consciência negra. Grupos de danças da escola apresentam o resultado da pesquisa sobre a relação de musicalidade e danças africanas na cultura brasileira.
2.   MULHER NEGRA em versos e prosa – textos, poemas
3.   CULTURA AFRO-BRASILEIRA - Representações religiosas afro-brasileiras em Pernambuco: xambá e xangô do nordeste e umbanda.
4.   FOLCLORE AFRO-BRASILEIRO E INDÍGENA na formação do povo pernambucano (maracatu, coco, maculelê)
5.   CÍRCULOS DE DEBATE – Construção da igualdade etnicorracial
6.   EXIBIÇÃO DE VÍDEOS
7.   REALIZAÇÃO DE CONCURSO BELEZA NEGRA

CRONOGRAMA
Data
Atividade
Turma responsável
19/11
Abertura da Semana da Consciência Negra com o BALLET ERÊ/ Exposição de índices demográficos, educacionais, políticos e trabalho.
TODOS/ 1º ANO/
20/11
Círculo de debates/ Encontro de Pernambuco com Angola – história e cultura/ Importância do dia 20.
1º D, 2º A e 8ª A
22/11
Concurso da Beleza Negra/ Formação cultura étnica do sertão de Jatobá/ O negro e sua realidade social – discriminação e preconceito/ mulher negra na poesia
8ª B, 1º A, 1º C e 1º E
23/11
Encerramento- tolerância religiosa
2º B e C

AVALIAÇÃO:
*      Acompanhamento de todas as etapas do projeto
*      Observação da participação nos círculos de debates
*      Apresentações das produções culturais
*      Avaliação das produções textuais

Responsáveis: Professoras Jussara Araújo e Vania Tatiane, estudantes do ensino fundamental e médio.

REFERÊNCIAS:



I DESAFIO DE HISTÓRIA



JUSTIFICATIVA: O povo brasileiro é caracterizado pela miscigenação, ou seja, pela mistura entre grupos étnicos. A diversidade étnica da população brasileira é resultado de pelo menos 500 anos de história, em que ocorreu a mistura de basicamente três grupos étnicos: os índios (povos nativos), os brancos (sobretudo portugueses) e os negros (escravos africanos). A partir dessa mistura, formou-se um povo composto por brancos, negros, indígenas, pardos, mulatos, caboclos e cafuzos. Desse modo, esses são os grupos identificados na população do país.

OBJETIVOS:
Identificar as principais matrizes formadoras do povo brasileiro;
Reconhecer a complexidade do povo brasileiro;
Analisar a diversidade étnica e cultural entre os povos do Brasil;
Verificar a contribuição de cada etnia para a formação do povo brasileiro.

PONTOS A SEREM VIVENCIADOS E QUESTÕES A SEREM RESPONDIDAS NO DESAFIO:
I. Os indígenas
A formação das várias comunidades indígenas que se espalharam em pontos distintos do território brasileiro, não forma povos homogêneos, mas foram marcados pela pluralidade. Estes indígenas se diferem em várias línguas e práticas, e já faziam parte da população do nosso território. Até o século XVI, eles foram os principais ocupantes desse vasto conjunto de terras e paisagens. A colonização do território brasileiro pelos europeus representou em grande parte a destruição física dos indígenas através de guerras e escravidão, tendo sobrevivido. 
a) como estão localizadas as sociedades indígenas de Pernambuco, quais são e onde estão localizadas? (1º ano).
b) quais as conquistas do povo Pankararu na luta pelos direitos indígenas assegurados na Constituição Federal, e como se consolida a tradição e costumes atualmente?

Os negros africanos
Uma diáspora - violenta e injusta - atingiu vários povos de origem africana. Trazidos pelos portugueses, desde o século XVI, vários povos africanos vieram para o Brasil a fim de trabalhar como escravos. Vitimados pela exploração de sua força de trabalho, sofreram com um processo de dominação que também afetou as populações indígenas do território. Ainda assim,  deixaram evidentes marcas de sua presença na identidade histórica e cultural do povo brasileiro. Os povos escravizados trazidos da África durante o longo período que durou o tráfico negreiro transatlântico compuseram o conjunto étnico da formação do povo brasileiro. A diversidade cultural da África refletiu-se na diversidade dos escravos, pertencentes a diversas etnias que falavam idiomas diferentes e trouxeram tradições distintas. (8ª, 2º e 3º ano)
a) como ocorreu a diáspora africana? Que grupos étnicos fizeram parte desta dispersão, suas tradições e religião?
b) como se estruturou o tráfico negreiro, as viagens transatlânticas, a escravidão dos negros africanos?
c) que aspectos foram e são relevantes para a miscigenação na formação do povo brasileiro?
d) como se apresenta a religiosidade afro-brasileira?

O europeu
Motivados pelo contexto da economia mercantilista e o desenvolvimento das grandes navegações, os portugueses ocuparam o Brasil com a intenção de realizar a colonização das terras e, consequentemente, explorar as riquezas existentes. Sob o signo da dominação e da adaptação, os lusitanos trouxeram para cá as particularidades de sua cultura de origem e da Europa Cristã. (2º ano)
a) qual a estrutura colonial, hábitos e costumes impostos às sociedades ameríndias?
b) de que forma ocorreu a expansão da religião cristã após a chegada dos portugueses?
c) em que se baseava a doutrina cristã e o poder da Igreja no século XVI?

O DESAFIO
As turmas se organizarão para o trabalho de pesquisa sobre cada temática direcionada a cada série. Levando em consideração os aspectos históricos e sociais, a partir da pesquisa prévia, cada turma tem uma semana para organizar a apresentação do resultado e socialização dos trabalhos na tarde do dia 10 de maio. A abordagem deverá ser dirigida para o contexto das questões sobre as temáticas. Com as respostas elaboradas eles irão criar uma apresentação de no máximo 15 minutos para mostrar o resultado aos demais alunos.

CONTEÚDOS ABORDADOS:
1.       Realidade social da população negra após a assinatura da Lei Áurea (8ª série)
2.       Sociedades indígenas de Pernambuco (1º ano e 2º ano)
3.       Religiosidade afro-brasileira (2º ano)
4.       Diversidade étnico-cultural (2º ano)
5.       Modo de produção escravista/ escravidão moderna (3º ano)

Referências:
                     










Projeto "A aldeia vai à Escola" - vivenciado nas turmas de 1º e 2º Anos

Áreas envolvidas: História e Direitos Humanos nos 1º e 2º Anos

Conteúdos abordados:
·         História oral e Memória (1º ano)
·         Sociedades indígenas brasileiras e pernambucanas (1º ano)
·         Processos de hegemonia cultural (2º ano)
·         Construção da sociedade colonial (2º ano)
·         Movimentos sociais e a Constituição de 1988 (2º ano)

Apresentação:
Aproximadamente 734.000 cidadãos brasileiros formam os 220 povos indígenas do Brasil, segundo dados do IBGE – Censo de 2000, em sua maioria desconhecidos do contexto sócio-educativo brasileiro.  Apropriando-se do fator determinante na formação do povo brasileiro, se faz necessário o conhecimento acerca destes povos e sobre sua presença e participação. Seja na Amazônia ou no Sertão de Pernambuco, o índio foi sempre uma parte essencial no processo de formação territorial e política. Numa proposta inclusiva, o presente projeto tem como objetivo maior preservar as diferenças em meio à universalidade, a busca do conhecimento das etnias que habitam o sertão pernambucano, os quais sofreram a discriminação e o preconceito, sendo ignorados pela história oficial e colocados em posição inferior pelas ideologias dominantes. Neste contexto, no município de Jatobá habitam duas etnias, Pankararu e Pankaiwká, e a escola recebe estudantes índios que precisam ser vistos por outra perspectiva, discutindo e reivindicando seus direitos, sendo respeitados pela sua origem.


Objetivos:
  1.      . Promover um diálogo entre as narrativas, textos e artigos que abordam a temática indígena e seu processo histórico;
  2.    ,  Conhecer como vivam os povos que habitavam esta região do São Francisco antes da chegada dos europeus através de visita ao museu.
  3.     Relacionar a oralidade e memória como fatores determinantes na construção histórica dos povos indígenas;
  4.     Conhecer os povos indígenas que habitam o estado de Pernambuco, suas lutas, organização e tradições.
  5.     . Perceber direitos e deveres dos povos indígenas enquanto cidadãos brasileiros;
  6.     . Possibilitar aos estudantes não indígenas o conhecimento da visão de mundo e o modo de vida do povo Pankararu, despertando o princípio de respeito às diferenças;
  7.     . Construir práticas de inclusão e respeito aos estudantes indígenas da escola.

  1. Estratégias Desenvolvimento


  • ·         Debate sobre hegemonia cultural e interculturalidade
  • ·         Exibição de filmes: “Caramuru, a invenção do Brasil”, Série “Índios Brasileiros” da TV Escola; “Xicão Xucuru”
  • ·         Pesquisa orientada sobre os povos indígenas de Pernambuco;
  • ·         Visita ao Museu de Arqueologia de Xingó para conhecer como vivam os povos paleoíndios.
  • ·         Visita à comunidade indígena Pankararu, assessorada pelos colegas índios de cada turma;
  • ·         Estudo do capítulo da Constituição Federal de 1988 que se refere aos direitos dos povos indígenas;
  • ·         Construção de trabalho de conclusão do projeto por cada turma envolvida a ser apresentado na semana dos povos indígenas;
  • ·         Realização da Semana dos Povos Indígenas na escola.



Data/Período
Atividade
23 a 29/02
Exibição de vídeos e debates
01 a 30/03
Agendamento de visitas/pesquisa dirigida
09 a 13/04
Preparação dos trabalhos de conclusão
18 a 20/04
Semana dos Povos Indígenas




Referências:
CUNHA, Manuela Carneiro da. História dos índios no Brasil. Companhia das Letras, São Paulo, 2008.

OLIVEIRA, João Pacheco de. FREIRE, Carlos Augusto da Rocha. A presença indígena na formação do Brasil; Coleção Educação Para Todos, 2006.


Filme “Caramuru, a invenção do Brasil”. Direção Guel Arraes, 2001.

Série Pluralidade Cultural “Índios no Brasil” – TV Escola, 2000.

Documentário “Xicão Xucuru” – Cabra Quente Filme,. 2008


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